terça-feira, 15 de novembro de 2011

Canções de apartamento!

É tanta coisa acontecendo no cenário da música brasileira que, às vezes não dá tempo de falar de todo mundo. E foi vasculhando meu acervo musical que esbarrei em um artista sobre o qual já devia ter escrito há muito tempo. Com a proximidade do fim do ano surge junto um sentimento de retrospectiva, uma espécie de olhada para trás, uma reavaliação de tudo o que foi feito. E de maneira nenhuma eu deixaria entrar outro janeiro sem falar do milagre que é a música-poesia desse garoto.





O disco é uma galeria com dez aprimoradíssimas obras primas. É um corredor com saídas para todos os cantos e paralelamente um banker.
 Com o mesmo tom cotidiano de Chico Buarque e Rodrigo Amarantes, Cícero é um pouco só mais intimista e brinca feito um tecelão em sua esplendida melancolia.
No mais, qualquer extensão do meu ponto de vista sobre o trabalho do artista, seria uma tentativa desesperada, ainda que involuntária, de fazer-lhes a todo custo ouvir o disco. E isto sendo feito, certamente invalidaria por completo meu esforço verbal.
O disco vai além da crítica. Além de uma nota opinativa.
É história sendo feita. É um parto. Um parto de um belo e saudável menino. Pronto para andar sobre a superfície do mundo ou pairar sobre os edifícios.
Excelente para ouvir em dias de chuva ou em noites que o sono não vem.

Ouça!

Post: Saron do Valle