quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

É bom, mas nem tanto.




Não há como negar, no passado as bandas de rock eram de rock, os projetos eletrônicos eram eletrônicos e os que ousavam misturar os dois tinham o seu espaço como se a coisa fosse separada por divisões. Cada banda, cada estilo se acomoda e não sai mais de lá. O que vemos hoje em dia é algo totalmente diferente dessa época, as bandas tem saído dos seus espaços, compartilhando experiências e fazendo um tipo de som cada vez mais difícil de definir. Essa introdução é uma base pro mais recente trabalho do Three Days Grace Transit of Venus. Apesar da banda não ter abusado dos sintetizadores como o korn no seu último álbum The Path of Totality que abraçou o Dubstep, fica evidente em comparação com o primeiro álbum da banda Three Days Grace (2002) que a banda também abraçou a praticidade dos sintetizadores o que fica evidente na faixa Chalk Outline, única faixa que realmente empolga no disco junto com Happiness, no mais a banda faz um disco de rock que não empolga e soa algumas vezes monótono e previsível. Se o antecessor Life Starts Now (2009)  tinha canções que abordavam uma maneira mais otimista de ver o mundo Transit of Venus contem 13 faixas que passam pelo desespero, passeiam pelo sofrimento e flertam muito intimamente com o vício, como no caso de Happiness que fala sobre alcoolismo. Além de  um cover de Michael Jackson Give in to me. Após 3 anos de espera os fãs recebem um disco longe dos 100% do que a banda pode chegar, mas que com certeza empolgará uns e outros.
Divirtam-se! 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Mil e uma utilidades


Após passar anos liderando uma banda de sucesso como o No Doubt, Gwen Stefani (43) deu uma parada com a banda e se lançou em uma carreira tão exitosa quanto lançando dois elogiados álbuns Love.Angel.Music.Baby ( 2004 ) e The Sweet Escape (2006). Com o sucesso e um novo público aberto, alguns fãs do No Doubt já começavam a ficar tristes e descrentes com um possível retorno da banda.
Mais Gwen nunca para, mãe de dois filhos ela concilia a vida super agitada de mãe, carreira solo e, secretamente, a partir de 2008, a construção do que seria o mais recente álbum do no No doubt, Push and Shove.

 


O álbum tem 11 faixas que trazem bem o velho estilo da banda que mistura pop rock com ska  que funciona bem numa festa somente até a faixa 4, que dá titulo ao disco Push and Shove, que tem participações do rapper Busy Signal e do Major Lazer, um projeto musical  de um conhecido Dj americano. Após isso,  o disco oscila entre baladas e musicas mais agitadas, mas que não chegam perto da energia das primeiras faixas, como Settle Down ou Looking Hot.
Mesmo assim, o álbum não desaponta os que ficaram esperando, mostra bons metais como na faixa Sparkle e o bom desempenho vocal da Gwen que parece não sofrer com os efeitos do tempo.

Divirtam-se!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Uno, dos, tré!





Pouco a pouco o Green Day se desvencilha da capa política que os envolveu após os dois últimos álbuns American Idiot (2004) e 21st Century Breakdown (2009). A banda sem querer (ou querendo) adquiriu um peso sociopolítico que os deixou de uma certa forma presos, todos esperavam ou ainda esperam um outro álbum engajado, mas os planos da banda são totalmente diferentes.
A ideia simples porém ousada até pros tempos áureos do Cd é lançar uma trilogia de novos álbuns ¡uno!, ¡dos!, ¡tré!. Os álbuns serão lançados entre setembro de 2012 e janeiro de 2013 e trazem de volta o punk rock debochado e depravado da banda. De acordo com Billy Joe Armstrong, vocalista da banda, os três álbuns são como uma festa, no uno! Você está chegando nela animado com seus amigos e tal, no dos! Você já está na festa e no tré! Você está arrumando a bagunça. Além do velho e bom punk rock que a banda traz com maestria em pancadas como “Let yourself go”, “Fuck time” eles vem com  baladinhas dance como a faixa “kill the DJ” e alegres como a  “carpe diem”. Eles parecem ter abandonado a maestria do engajamento político para a ousadia.

Divirtam-se!

sábado, 13 de outubro de 2012

Californication


Seguindo a linha dos artistas que nunca gostei, mas, que com humildade reconheço as melhores obras, está o Red Hot Chili Peppers. A mistura de funk, os vocais rimados e as linhas absurdas de baixo do Flea são coisas que sempre tive humildade pra reconhecer que são ótimos, mas no conjunto, nas músicas em si faltava algo ou sobrava algo pelo menos pra mim (na verdade ainda acho que falta). Entretanto, no ano de 1998 o Red Hot Chili Peppers depois de uma experiência ruim com o guitarrista Dave Navarro, procurava outro guitarrista e outro cd com a potencia e a força do Blood Sugar Sex Magik (1991) e encontraram, não um novo guitarrista por assim dizer, mas novamente a química e um cd tão poderoso quanto o Blood Sugar...
Após Flea, baixista da banda, encontrar com o antigo guitarrista do RHCP John Frusciante  e convidá-lo novamente a fazer parte da banda, todos eles se trancaram na garagem de Flea e começaram a ensaiar. Depois disso foi um pulo para o lançamento de Californication (1999). Eles repetiram a dobradinha com o produtor Rick Rubin e lançaram esse cd que é sem duvida um dos melhores CDs dos anos 90, mesmo não gostando da banda (como eu) não há como ignorar os riffs que se encaixam perfeitamente não só com o resto dos instrumentos, mais com a voz do Anthony Kiedis é o caso de “ Scar Tissue “, sem falar mais uma vez nas linhas de baixo que sempre foram o forte da banda. O álbum vendeu 15 milhões de cópias no mundo inteiro e ainda é um dos maiores êxitos da banda. Alguns dias atrás, eu estava ouvindo rádio e do nada tocou “Otherside” foi como um estalo na mente, eu tenho que falar desse cd, pois bem moçada...
Divirtam-se!


Post: Leonardo Maciel

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Living Things


Sempre tive certa resistência em por no blog artistas óbvios ou extremamente pop, mais o que os caras do Linkin Park fizeram  no seu quinto álbum de estúdio Living Things merece uma consideração.
Nunca foi segredo pra ninguém que nunca fui fã da banda, seus dois primeiros  álbuns Hybrid  Theory e Meteora tem uma sonoridade mecânica, um peso feito por riffs óbvios e muitas vezes previsíveis embalavam um som que mais parecia feito totalmente no computador. Nos álbuns que sucederam, Minutes to Midnight e A Thousand Suns,  a banda quis mostrar o amadurecimento ousando em viagens experimentais, mostrando pra pessoas como eu que eles sabiam fazer algo mais do que o previsível nu-metal, mas mesmo assim o resultado dos dois álbuns foi desastroso e fraco.



Living Things mostra o Linkin Park unindo sabiamente as duas fases. O álbum traz de volta os guturais desesperados do Chester Bennington como na faixa “ Victimized “ características dos primeiros álbuns e o melhor dos experimentos dos álbuns restantes como na faixa "tinfoil" além de acrescentar o uso dos teclados mostrando o evidente e agora de fato amadurecimento da banda. Ainda tenho um pé atrás com o Linkin Park, mas tenho que reconhecer que o cd ficou bom. Vale a pena.
Divirtam-se!!
Post: Leonardo Maciel

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O nosso amor é F-U-N-D-A-M-E-N-T-A-L.


Muitos não gostam do jeito da Fernanda Takai de cantar, mais por outro lado há muitos que adoram. Ainda mas após lançar Onde Brilhem os Olhos Seus (2007) só com músicas de Nara Leão. Ela saiu do mundo pop-rock e passeou com maestria no mundo da MPB. Em 2009 Fernanda takai aumentou sua lista de fãs ao conhecer Andy summers (ex- guitarrista do the Police) na gravação do DVD United Kingdom of Ipanema.  Ao ouvir Fernanda cantar    “ insensatez” ele se encantou com o seu jeito de cantar que  definiu como “ simples, direto e afinado.” Após essa encantamento Andy  propôs uma parceria com ela, na verdade um álbum inteiro em parceria (fundamental). Andy sem empenhou a construir canções pro estilo dela, pra isso ele ouviu CDs do pato fu e projetos da Fernanda. De  inicio foram 20 canções até restarem 11 faixas de um álbum parte em inglês e outra parte em português. No inicio das músicas, principalmente a que dá nome ao álbum fundamental é impossível não ter a sensação de estar ouvindo uma música do The Police, mais é só a canção se desenrolar que você percebe a boa e velha bossa-nova que inspira Andy desde os seus 16 anos. Após o lançamento do álbum no mês passado aqui no Brasil e mês que vem nos Estados unidos, Japão e Europa Fernanda e Andy vão sair em uma turnê  que tem o Brasil é claro como alvo, então é só esperar e ouvir alguma coisa que já está rolando na net sobre o projeto.
Divirtam-se!

Post: Leonardo Maciel

domingo, 5 de agosto de 2012

Tequila Roja.



Apesar de receber ótimas criticas dos seus livros, Rick Riordan ainda é conhecido pela maioria das pessoas como o criador da série Percy Jackson e ponto. Nada contra a série, mas é fato de que o autor tem coisas melhores escondidas pelo sucesso da história do filho de Poseidon.
 É o caso de Tequila vermelha (Big Red Tequila). O livro oficialmente lançado em 1997 conta a história do filho de um xerife assassinado que volta a sua cidade natal depois de dez anos pra descobrir as verdades por trás da morte do pai.
  Reza a lenda que todo escritor põe um pouco da sua história nos seus livros, nesse não poderia ser diferente. A história se passa no Texas terra natal do Rick Riordan e ele fala com tanta propriedade do seu lar que até parece que ele fundou o estado.
 Definitivamente a história não é pra pré-juvenis, a trama tem mortes feias, meia dúzia de socos e um bocado de palavrões, mesmo assim é uma ótima história com ótimos personagens e uma narrativa que faz você ler quatrocentas e dozes páginas sem se cansar. Vale a pena uma olhadinha e um crédito tão grande quanto a série Percy.
então..... Divirtam-se!

Post: Leonardo Maciel.